O arroz é cultivado em todos os continentes, ressaltando em primeiro lugar o asiático, com uma produção correspondente a 90% da mundial, em seguida o americano com 5,1%, o africano com 4,2%, o europeu com 0,6% e o oceânico com 0,1% da produção mundial de arroz .
Com isso, em todo o mundo são produzidas 742 milhões de toneladas de arroz por ano. A China é considerada como o maior produtor e consumidor mundial de arroz com 211 milhões de toneladas de volume de produção por ano, o que equivale a 28% da mundial e 31% da asiática, em segundo lugar se encontra a Índia com 158 milhões de toneladas de produção anualmente com 21% e 24% respetivamente e, por último, o Brasil está com a produção de 10 milhões de toneladas e se encontra na nona posição correspondente a 1,6% da mundial.
Segundo os dados disponibilizados no site da Organização para Alimentação e Agricultura (FAO), a produção mundial de arroz em 2014 foi de 741,5 milhões de toneladas colhidas em uma área de 165 milhões de hectares, com uma produtividade média de 4.527kg. Por outro lado, de acordo com o Mercado Comum do Sul (Mercosul), no mesmo ano, o destaque foi para o Brasil que ocupou o 1º lugar em área colhida e produção de arroz, com 12,2 milhões de toneladas. Contudo, o arroz é consumido pelas populações em todos os quadrantes do globo terrestre. De acordo com as últimas estimativas da FAO, a produção mundial de arroz em 2020 teria aumentado em 2,2% para 774 mil toneladas (514 dos beneficiados). Em 2021, as previsões indicam um aumento de 1% para 519,9 mil toneladas. Assim, nos Estados Unidos, a safra aumentou cerca de 22% em comparação com o ano anterior e, na América Latina, a produção se recuperou, especialmente no Brasil.
Comércio mundial de arroz
Em maio de 2021, os preços mundiais do arroz tiveram tendências mistas, nos Estados Unidos os preços subiram drasticamente para 7%, por outro lado, os preços tailandeses e indianos diminuíram sobretudo dentro do mercado externo ativo. Dessa forma, estima-se que o comércio mundial de arroz aumentará 6% em 2021 para 45,4 mil toneladas em grande parte devido à alta demanda africana.
O preço de arroz na pandemia
Praticamente com o auxílio emergencial no Brasil houve aumento dos preços de todos os alimentos, Antes da pandemia de covid-19, o consumidor pagava por um pacote de arroz de 5 quilos, volta de R $10 e R $15. Entretanto, com a chegada de Covid-19, o mesmo produto passou a ser vendido até R $40 o preço disparou. Nota-se que, nos últimos meses, o preço diminuiu um pouco e atingiu novo patamar entre R$20 e R $25.Por causa da maior demanda de itens de domicílio em meio à pandemia, o arroz teve aumento expressivo de 65,62%. Por outro lado, o preço do dólar aumentou muito durante a pandemia e isso beneficiou a exportação e também a queda de safra de arroz e feijão, que ficou abaixo do consumo.
Exportações de arroz em 2020/21
As exportações brasileiras de arroz (base casca) no ano comercial de 2020/21 em março a fevereiro foram as maiores dos últimos noves anos, com embarque de 1 milhão e 770,6 mil toneladas, pelas compras de Venezuela (313 mil toneladas), já as importações alcançaram o maior volume dos últimos 12 anos com 1 milhão e 353,3 mil toneladas. Dessa maneira, a balança comercial teve 417,mil toneladas nesses 12 meses marcados pela pandemia de covid-19.
De acordo com os dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) e Sindicato da Indústria do Arroz no Estado do Rio Grande do Sul (Sindarroz-RS) com base das informações do Ministério da Economia, na série histórica do setor, as exportações de 2020/21 só perderam para o ano comercial de 2011/12, onde a vendas externas somaram 2 milhões e 99 mil toneladas. Contudo, a receita do total embarcado do arroz beneficiado representou 38,8%, do arroz quebrado 33%, e do arroz em casca 27,2%.
O ano comercial 2020/21 foi desafiador, a cadeia produtiva do arroz brasileiro finalizou a sua missão de abastecer mercados interno e externo com alta qualidade de fidelização dos países atendidos e sobretudo também com os de agregação ao destino. Portanto, o diretor executivo do Sindarroz-RS, aponta que o arroz brasileiro vem se estabelecendo cada vez mais no mercado mundial como fornecedor de um cereal de qualidade superior.
Destinos
Além da Venezuela, existem outros sete países que se destacam como destinos para o arroz brasileiro: Senegal (225 mil toneladas), Peru (176,5 mil toneladas), Gâmbia (129 mil toneladas), Serra Leoa (110 mil toneladas), Estados Unidos (95 mil toneladas), Costa Rica (91,4 mil toneladas) e Cuba (90 mil toneladas). Ademais, conforme a Abiarroz e o Serrarroz-RS, o volume importado de 1,3 milhão de toneladas apresentou uma alta de 33% em comparação ao ano comercial de 2019 e 2020. Os principais abastecedores de arroz para o Brasil em 2020 e 1021 foram Paraguai (47%), Uruguai (20,1%) e Argentina (11,2%).
Referências
AGROLINK .Comércio mundial de arroz. Disponível em:
https://www.agrolink.com.br/noticias/comercio-mundial-de-arroz-cresceu-2-8-_451550.html. Acesso em 14 de out .de 2021
EMBRAPA. Estatísticas de Produção de arroz. Disponível em:
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/arroz/arvore/CONT000fe7457q102wx5eo07qw4xezy8czjj.html. Acesso em 13 de out. 2021
PLANETA ARROZ. A Exportação de arroz no ano 2020/21. Disponível em:
https://planetaarroz.com.br/exportacoes-de-arroz-em-2020-21-foram-as-maiores-dos-ultimos-9-anos/. Acesso em : 14 de out. 2021.