A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 684 milhões e corrente de comércio de US$ 6,941 bilhões, na segunda semana de fevereiro de 2020, como resultado de exportações no valor de US$ 3,812 bilhões e importações de US$ 3,12
Os dados, divulgados nesta segunda-feira (17/02), são da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia (Secex/ME). No mês, as exportações somam US$ 8,411 bilhões e as importações, US$ 6,624 bilhões, com saldo positivo de US$ 1,787 bilhão e corrente de comércio de US$ 15,035 bilhões.
Confira os dados completos da balança comercial
Análise da semana
A média das exportações da segunda semana chegou a US$ 762,4 milhões, 17,1% abaixo da média de US$ 919,7 milhões da primeira semana. A redução se deve à queda nas exportações das três categorias de produtos: básicos (-5,9%), de US$ 464,5 milhões para US$ 437,3 milhões, em razão de minério de ferro, carnes de frango, bovina e suína, minério de cobre, fumo em folha, café cru em grão; manufaturados (-22,6%), de US$ 326,7 milhões para US$ 252,8 milhões, em razão, principalmente, de óleos combustíveis, tubos flexíveis de ferro ou aço, gasolina, centrifugadores e aparelhos para filtrar ou depurar, bombas, compressores e ventiladores; e produtos semimanufaturados (-43,8%), de US$ 128,6 milhões para US$ 72,3 milhões, por conta de semimanufaturados de ferro/aço, ferro-ligas, celulose, ouro em formas semimanufaturadas, açúcar em bruto.
Do lado das importações, houve queda de 10,5%, sobre igual período comparativo – média da segunda semana, US$ 625,7 milhões, sobre a média da primeira semana, US$ 699,1 milhões. O recuo é explicado, principalmente, pela diminuição nos gastos com equipamentos eletroeletrônicos, farmacêuticos, veículos automóveis e partes, combustíveis e lubrificantes, filamentos e fibras sintéticas e artificiais.
Análise do mês
Nas exportações, comparadas as médias até a segunda semana de fevereiro de 2020 (US$ 841,1 milhões) com a de fevereiro de 2019 (US$ 786,9 milhões), houve crescimento de 6,9%, em razão do aumento nas vendas de produtos básicos (+13,6%), de US$ 397 milhões para US$ 450,9 milhões, e de semimanufaturados (+2,8%), de US$ 97,7 milhões para US$ 100,5 milhões. Por outro lado, caíram as vendas de produtos manufaturados (-0,8%), de US$ 292,2 milhões para US$ 289,8 milhões.
Em relação a janeiro de 2020, houve aumento de 28,1%, devido à expansão nas vendas de produtos semimanufaturados (+2,3%), de US$ 98,2 milhões para US$ 100,5 milhões; manufaturados (+25,2%), de US$ 231,4 milhões para US$ 289,8 milhões, e de produtos básicos (+38%), de US$ 326,8 milhões para US$ 450,9 milhões.
Nas importações, a média diária até a segunda semana de fevereiro de 2020, de US$ 662,4 milhões, ficou 5% acima da média de fevereiro do ano passado (US$ 631,1 milhões). Nesse comparativo, cresceram os gastos, principalmente, com cobre e suas obras (+71,1%), farmacêuticos (+24,3%), equipamentos mecânicos (+15,2%), plásticos e obras (+10,7%), químicos orgânicos e inorgânicos (+9,9%).
Em relação a janeiro de 2020, houve queda de 9,9% nas importações, pela diminuição em siderúrgicos (-19%), equipamentos eletroeletrônicos (-13,6%), equipamentos mecânicos (-8,7%), veículos automóveis e partes (-6,4%), instrumentos de ótica e precisão (-5,5%).
(*) Com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia